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Miriam Névola

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Back7/2/23, 3:57 PM

A falta que meu pai faz…

Eu estou emotiva esses dias. Daqui um mês faz 3 anos que perdi meu pai. Mas o gatilho pra eu sentir uma dose de tristeza esses dias foi a “quadrilha dos avós “ organizada pela escola da minha filha.

Ela me disse: mamãe eu não tenho vô.

Os dois avôs faleceram, meu sogro quando ela tinha 6 meses, meu pai quando tinha quase 3 anos.

Eu adoro festas típicas e datas comemorativas. Sempre gostei de dia das mães e dois pais.

Achava besteira quando falavam que não devia existir dia das mães e dos pais, apenas dia da família. Mas comecei a enxergar essa preocupação com outros olhos quando há uns 6 anos amadrinhei dias irmãs que estavam acolhidas no lar Ebenezer.

No dia das mães elas mandavam cartinha pra mim. Eram épocas difíceis no Lar.

No Brasil existe uma porcentagem alta de famílias com configuração não tradicional. E as vezes quando essas datas são criticadas pensamos apenas na questão homossexual, que tb existe claro, mas vai além disso.

Mas voltando à quadrilha dos avós. Demos um jeito: temos biso. Aos 83 anos arrasou na dança caipira. Foi emocionante.

Em alguns momentos olhei a roda e imaginei meu pai ali. Ele amaria participar. Iria se caracterizar todinho, entraram-me na onda mesmo.

“Você faz falta meu pai”.

Meu sogro tb dançaria muito animado. Ele tb curtia essas festividades.

Eu gosto muito de todas as datas especiais. E gostei muito da ideia da escola em dar espaço pros avós. E acho que quem TEM não deve ser preterido de um privilégio desse. Ao mesmo tempo que sinto empatia com quem não tem. Difícil né?

Foi muito legal! Lindo ver os avós ! Mas não consigo não pensar de uma
Forma mais profunda sobre isso . Então, fica aí uma reflexão…