Acordar a hora que quer, ficar de preguiça sem ninguém te chamando. Levantar sem compromisso. Ler um livro em silêncio. Conversar com amiga sem interrupção.

Ações comuns na vida de uma pessoa que ainda não é mãe. Mas para uma MÃE conseguir isso, só programando. Só se esforçando. Só tendo apoio. Só agendando. Só escapando.

Sou mãe, amo ser mãe, não mudaria minhas escolhas. No entanto, continuo sendo eu. Mesmo quando o “eu” fica de lado por muitos meses. Esse “eu” clama por um tempo, por um espaço, por oportunidades. E aí eu tenho que construí-las. Pq nesses momentos volto a me reconhecer, a me enxergar, a me lembrar de quem sou.

Quem sou hoje. E hoje sou mãe. Faz parte de mim. Mas tb sou e gosto de tantas outras coisas.

Se doar, amar o outro é lindo. Mas precisamos ter tudo isso dentro de nós pois se não, corremos o risco de não ter o que doar, nem condições para amar. Eu preciso me reconhecer, me amar, estar cheia de mim, para ser melhor para o outro.

Essa sou eu. Sem culpa por precisar do meu momento. Sem vergonha de dizer que gosto de ter momentos não “sendo mãe”. Sem medo de precisar me reencontrar. Quantas e quantas vezes forem necessárias.